› Malhando o Judas | ||
Comentário por Rafael H. Hirle |
Simbolicamente é feito seu julgamento e à meia noite o pobre objeto é surrado e queimado. Esta brincadeira às vezes é incrementada com placas com nomes de políticos ou técnicos de futebol colocados no pescoço e alguns podem descontar todas suas revoltas batendo até cansar no “Judas fake”. É interessante como sempre que imaginamos uma história de traição temos a tendência de nos colocar no lugar do que foi traído. Ninguém se identifica com o traidor. Malhar o Judas é fácil, mas será que nós nunca agimos à semelhança dele? Quando ou como podemos cair no mesmo erro do discípulo traidor?
Trair é quando em uma guerra trocamos de lado. Na guerra entre o bem o mal só há dois lados, e como todos fomos criados por Deus, somos originariamente do exército dEle. Por tanto, quando optamos em fazer parte do exército das trevas, vivendo em pecado, alimentando nossos desejos, orgulho e egoísmo, rejeitando Jesus, e fazendo nossa própria vontade, acabamos como traidores da pátria celestial. Isso ainda se agrava quando atuamos como agente secreto do inimigo fingindo ser cristão e propositadamente vivendo vida dupla.
Assim como os outros 11 discípulos, Judas também foi escolhido por Cristo e largou tudo para segui-lo (Mat. 19:27), ouviu Suas verdades, presenciou Seus milagres, recebeu poder para curar doenças (Mat. 10:1) e autoridade para pregar (Mat. 10:7). E depois de tudo isso traiu o Mestre por dinheiro. Semelhantemente nós hoje somos escolhidos por Jesus, temos acesso e conhecemos suas verdades, temos o poder do Espírito Santo à nossa disposição e muitas vezes temos traído nosso Mestre trocando-O por coisas pequenas como nossa imagem diante dos colegas ou passageiros momentos de lazer e diversão.
A traição é terrível, mas não é causa e sim efeito. Quando não reconhecemos que somos pecadores e que apenas o sacrifico do Calvário é capas de nos limpar, somos consequentemente levados a trair nosso único verdadeiro amigo. A causa é não aceitação da presença de Jesus como nosso salvador e Senhor de nossa vontade.
Pense: Quando Jesus anuncia que entre seus discípulos havia um que o iria trair, a primeira reação dos 11 foi um a um perguntar: Senhor, por acaso, sou eu?(Mat. 26:22; Mar. 14:19). Por que os discípulos duvidaram de si mesmos? Eles se achavam capazes de trair o Mestre? Por que então não traíram?
Decisão: Depois de ter um encontro com Jesus obrigatoriamente somos levados a tomar decisões em nossa vida que no final das contas se resumem em aceita-Lo ou não. Cada discípulo encontrou Jesus pessoalmente, 11 deles mudaram suas vidas, suas rotinas, seus objetivos, suas prioridades, seu próprio ser e O aceitaram. Judas por outro lado decidiu seguir o desejo de fazer as coisas a seu próprio modo e O rejeitou. E você? Fará o conjunto de resoluções que envolve aceitar a Cristo?